Deolinda





















Sex. 05 de Dezembro
Acústico / Folk / Fado
Grande Auditório
Inicio 21.30h
Preço único 5€
M/4 anos

Há uma longa série de clichés associados ao fado. Por exemplo, o fado tem que ter guitarra portuguesa. Os Deolinda não usam guitarra portuguesa. Ou, o fado tem que ser sisudo, sério, compenetrado, fatalista e triste. Os Deolinda não são nada disso. Ou ainda, o fado não pode ser dançado. E dança-se com os Deolinda. Ou, para terminar, a fadista tem que vestir de preto, como se estivesse no seu próprio funeral. Ana Bacalhau, a voz dos Deolinda (a Deolinda, ela própria?), veste roupas garridas, alegres, coloridas.
Mas os Deolinda são... fado, apesar disso tudo, e são muito mais que fado, por causa disso tudo e de tudo o mais que a sua música contém.
Uma música que vai à música popular portuguesa - um universo que aqui abarca José Afonso e António Variações, Sérgio Godinho, Madredeus e os «muito mais que fadistas» Amália Rodrigues e Alfredo Marceneiro - e vai ainda à rembetika grega, à música ranchera mexicana, ao samba, à música havaiana, ao jazz e à pop, numa confluência original e rara de músicas irmãs ou primas umas das outras e que nos Deolinda fazem todo o sentido.
Dois anos - e vários concertos memoráveis depois , os Deolinda lançam agora o seu álbum de estreia, «Canção ao Lado», com catorze temas originais.
No álbum participam o percussionista João Lobo e muitos amigos dos Deolinda: Mitó Mendes (A Naifa), Norberto Lobo, Mariana Ricardo, Joana Sá, Gonçalo Tocha, Didio Pestana, Artur Serra e Carlos Penedo, entre outros.

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