John Zorn + Cyro Baptista + Ttukunak



















PORTALEGRE JAZZFEST - 7ª EDIÇÃO
Sex. 27 Fevereiro

Grande Auditório
Início 21.30h
Preço único 15€
Livre-trânsito 30€

M/4 anos

John Zorn – Saxofone
Cyro Baptista – bateria, percussão
Sara e Maika Gomez (TTUKUNAK) – percussão

John Zorn, o conceituado saxofonista americano, têm uma carreira demasiado rica e versátil para se conseguir definir, podendo-se apenas traçar algumas “estradas” num mapa artístico que é um dos mais ricos do jazz contemporâneo.
Oriundo de Nova Iorque, Zorn iniciou-se no final dos anos 70 nos meandros musicais, incidindo o seu olhar cirúrgico sobre o fenómeno da “improvisação musical”, o que o levou a exaustivamente compôr musica não composta e em realizar performances irrepetíveis, que devem mais no seu âmago a um John Cage que ao Free Jazz de Ornette Coleman.

Zorn colaborou no início de carreira com artistas como Bill Laswell, Elliott Sharp e Arto Lindsay, entre outros, adaptando o “ethos” da música Punk e New Wave ás suas próprias criações, processo que culminou no início dos anos 90 com a criação dos inimitáveis Naked City (em conjunto com os guitarristas Bill Frisell e Fred Frith), uma avalanche dolorosa de vários géneros musicais, uma fusão entre música Jazz-Surf-Punk, carregada de neuroses urbanas e solos/faixas de saxofone de poucos segundos.
Dos seus outros projectos e criações “tortuosas”, destacam-se os Masada, um quarteto de jazz mais tradicional, com Dave Douglas, Greg Cohen e Joey Baron, formação com um maior ênfase na música “Klezmer”, de origem judaica, e muitas das suas composições para filmes, colectadas nos vários álbums intitulados “Filmworks”, oportunidade para colaborar com Marc Ribot e Cyro Baptista, entre outros.

Criador da prolífica e influente editora Tzadik Records, John Zorn já mereceu sem dúvida um lugar na história do Jazz, mas pela sua desconstrução do género e pela criação de um estilo anti-jazzístico, uma mistura caótica entre Música de Câmara, bandas sonoras para Desenhos Animados, Punk-Rock e simples dissonância musical, um terreno fértil para a sua talentosa neurose musical...

Cyro Baptista, o famoso baterista e percussionista brasileiro, chegou aos E. Unidos em 1980, tendo a partir daí trabalhado com diversos artistas e dançarinos, tanto em colaborações como em projectos mais pessoais (destacando-se o grupo Beat the Donkey, com o qual já lançou desde 2002 três álbuns), utilizando instrumentos dos cinco continentes, tudo misturado com o seu humor iconoclasta e a sua veia teatral, além dos seus imensos e óbvios talentos.

As suas colaborações são um autêntico “Quem é Quem” do mundo musical contemporâneo: Yo-Yo Ma, John Zorn (em diversos projectos), Herbie Hancock, Sting, Paul Simon, David Byrne, Dr. John, Brian Eno, Ryuichi Sakamoto, Laurie Anderson, Daniel Barenboin, Bobby McFerrin, Wynton Marsalis, Santana, Cassandra Wilson, The Chieftains, entre muitos outros. No seu país natal, Baptista já tocou com os “ilustres” Milton Nascimento, Caetano Veloso, Ivan Lins, Marisa Monte e Nana Vasconcelos, etc.

O seu primeiro álbum a solo, “Villa Lobos/Vira Loucos”, de 1997, é uma mistura esfuziante das suas próprias composições com as do compatriota Heitor Villa Lobos, tendo sido considerado pela crítica “um dos mais corajosos, brilhantes, divertidos, dramáticos e imaginativos trabalhos de recente memória...”.
O seu mais recente trabalho é o álbum “Banquet of the Spirits”, lançado em 2008 sob a chancela da Tzadik Records.

As Ttukunak são Sara e Maika, duas irmãs gémeas provenientes do País Basco, Espanha, que tocam um instrumento de percussão tradicional, a Txalaparta. Começaram a tocar a partir dos doze anos, tendo colaborado com diversos grupos como os Ojos de Brujo, Radio Tarifa, Arto Tunçboyaciyan, Tomás San Miguel ou Mártires del Compás, entre outros.

0 comments: