1 ABR. SÁB. 21.30H
Sara Correia
Fado | GA | 10€ | M/6 anos


O Fado é-lhe intrínseco. Encontramo-lo na forma como se expressa, nas palavras que canta, em qualquer música que interprete. Sara Correia é Fado. Ao vivo, consegue essa rara proeza, de nos prender ao chão ao mesmo tempo que nos faz elevar. A intensidade comovente com que se entrega, a verdade com que o faz provoca um magnetismo único. Em palco é
acompanhada por uma banda de luxo que conta com Diogo Clemente na viola, Ângelo Freire na guitarra portuguesa, Frederico Gato no baixo e Joel Silva na bateria.
Neste concerto Sara Correia irá apresentar o seu novo disco, sucessor de “Do Coração”, o álbum nomeado para o mais importante prémio de música internacional, os Grammy Latinos e vencedor do Prémio Play Melhor Álbum de Fado. Produzido por Diogo Clemente, o álbum foi nomeado para Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, ao lado dos melhores nomes mundiais.

 


21 ABR. SEX. 21.30H
Ciclo in-ti-mis-ta - April Marmara
Canta autor | PA | 5€ | M/6 anos


April Marmara é o alter-ego musical de Beatriz Diniz, uma cantora e compositora nascida e residente em Lisboa. Aliás, a cidade é parte essencial da sua música, que carrega uma quietude e, ao mesmo tempo, uma calma instabilidade. Uma ambiguidade presente em alguém que observa atentamente a passagem do tempo interagindo nesse processo, não ficando apenas a assistir.
O seu segundo LP, "Still Life", lançado em abril de 2023, é um mergulho profundo no isolamento, na solidão, na qualidade das relações humanas e, acima de tudo, na relação de alguém com a natureza e seu próprio lugar neste mundo. É um avanço definitivo em relação ao trabalho de estreia de April Marmara, “New Home”, de 2018, tanto espiritual quanto artisticamente.

 


22 ABR. SÁB. 21.30H
Tutto Mozart com Rafaela Albuquerque
Música Clássica | GA | 5€ | M/6 anos


O Recital “Tutto Mozart” é uma viagem no percurso da Soprano Rafaela Albuquerque, passando por todo o repertório de Mozart, que interpretou desde a Academia de Música de Santa Cecília até à Ópera de Roma. Como missão paralela à sua carreira, tem como objetivo ajudar e incentivar a nova geração de cantores, tendo por isso o prazer de incluir nesta sua viagem alunas suas, que representam toda a força, vontade e futuro deste mundo.

Soprano: Rafaela Albuquerque
Piano: José Raimundo
Participação especial: Daniela Rego, Soprano; Michele Tomaz, Soprano; Andreia Alves, Soprano; Eduarda Dias, Soprano; Maria Teresa Projecto, Mezzo Soprano


 

25 ABR. TER. 16H
SEMEAR ABRIL
Grupo de Cantares de Portalegre | GA | 7.5€ | M/6 anos


É tempo de comemorar ABRIL!
É tempo de cravos vermelhos e de comemorar a Liberdade!
Celebrar os valores de Abril, é o que o fará o Semeador, num espetáculo pensado para recordar os sons e as palavras que cantam este importante momento da nossa história.
No ano em que se comemora o 49º aniversário da Revolução, partilharemos o palco com João Afonso, o cantautor que, através da sua interpretação única, perpetua o nome de José Afonso.

 


27,28 e 29 ABR. QUI. SEX. e SÁB
18º Portalegre JazzFest
Festival Internacional de Jazz de Portalegre


27 ABR. QUI. 18.30H
Margaux Oswald
18º Portalegre JazzFest
Auditório do Museu da Tapeçaria- Guy Fino
Jazz | entrada livre | M/6 anos


Margaux Oswald: Piano

Margaux Oswald é uma pianista de origem franco-filipina, nascida em Genebra, e atualmente radicada em Copenhaga. Margaux toca piano desde os 5 anos de idade e está agora comprometida com a arte da improvisação livre.
Atualmente, apresenta-se com alguns dos mais originais músicos europeus, como por exemplo Jesper Zeuthen, Frank Gratkowski, Michael Griener, Lotte Anker, Alex Zethson, Albert Cirrera e Sture Ericson.
O seu álbum “Dysphotic Zone”, lançado pela Clean Feed Records, foi eleito um dos melhores álbuns a solo de 2022, pela New York City Jazz Record e foi eleito o 10º álbum internacional do ano, pela Jazz.pt.


27 ABR. QUI. 21.30H
Ricardo Toscano Trio “Chasing Contradictions”
18º Portalegre JazzFest
Centro de Congressos da CMP
Jazz | 7€ / Passe 20€ | M/6 anos


Ricardo Toscano: Saxofone Alto
Romeu Tristão: Contrabaixo
João Pereira: Bateria

Quando surgiu nos nossos palcos, muito jovem ainda, Toscano começou por ser encarado como um menino-prodígio do saxofone alto, mas hoje em dia é já um dos maiorais do jazz feito em Portugal. Um músico de palco sobretudo, conhecido por dar nova vida aos velhos “standards” e a composições das figuras históricas que admira, mas também por participar em situações musicais bastante fora da sua zona de conforto.
Chasing Contradictions”, o seu novo trabalho, mais uma vez para a editora Clean Feed, desta vez em trio, revela-nos a arte de um triângulo sem rede, uma vez ausente a harmonização do piano. Se em termos formais, o som do trio pode reportar aos anos de 1950 e 1960, já no que ao conteúdo diz respeito ele é sem dúvida um produto do nosso tempo, refinado e sofisticado, sem perder urgência.


28 ABR. SEX. 21.30H
Paal Nilssen-Love CIRCUS
18º Portalegre JazzFest
Jazz | GA | 10€ - Bilhete diário / Passe 20€ | M/6 anos


Juliana Venter: Voz
Thomas Johansson: Trompete
Signe Emmeluth: Saxofone Alto
Oddrun Lilja: Guitarra Elétrica
Kalle Moberg: Acordeon
Christian Meaas Svendsen: Contrabaixo e Baixo Elétrico
Paal Nilssen-Love: Bateria e Percussão

O grupo Circus, do baterista norueguês Paal Nilssen-Love, traz a palco músicos de diferentes campos, com experiência em vários estilos: étnico, clássico, contemporâneo, jazz, free jazz, noise, pop, etc. A cada músico, foi atribuída uma responsabilidade pelo desenvolvimento musical, cada um com a missão de surpreender o outro e o público também.
Nilssen-Love compôs as músicas, mas estas são mais como mapas com liberdade para cada músico escolher direção e intensidade. Isso faz da Paal Nilssen-Love Circus uma banda altamente imprevisível - emocionante, intensa, tocando em diferentes sentimentos, que podem ser tristes ou divertidos - na verdade, vê-los ao vivo é como ir ao circo!


28 ABR. SEX. 23.00H
Move - Yedo Gibson/Felipe Zenicula/João Valinho
18º Portalegre JazzFest
Jazz | CC | 3€ / Passe 20€ | M/6 anos


Yedo Gibson: Saxofones Tenor e Soprano
Felipe Zenícula: Baixo Elétrico
João Valinho: Bateria

Com um legado de colaborações intensas entre os seus membros, o projeto Move foi criado em 2022, entre Sintra e Lisboa, fruto da vontade de fazer surgir uma proposta autoral que reunisse as suas ideias partilhadas e que daí oferecesse um contributo pertinente ao panorama da música criativa.
Caracterizando-se por uma construção criteriosa e incisiva, a música dos Move não conhece limites estilísticos, traduzindo-se numa dinâmica ímpar que explora os limites da comunicação musical, viajando num inexplorado mundo que vai do free jazz ao punk rock.


29 ABR. SÁB. 21.30H
João Lencastre's Communion "UNLIMITED DREAMS"
18º Portalegre JazzFest
Jazz | GA | 10€ - Bilhete diário / Passe 20€ | M/6 anos


João Lencastre: Bateria e Composição
Albert Cirera: Saxofone Tenor e Soprano
Ricardo Toscano: Saxofone Alto
Benny Lackner: Piano e Eletrónica
André Fernandes: Guitarra Elétrica
Pedro Branco: Guitarra Elétrica
João Hasselberg: Baixo Elétrico e Eletrónica
Nelson Cascais: Contrabaixo

O projeto Communion de João Lencastre teve, no passado, diferentes formações, geralmente juntando músicos de Portugal e dos Estados Unidos. Em "Unlimited Dreams", vencedor dos prémios Play para melhor disco de Jazz de 2022, o projeto Communion tornou-se pela primeira vez num octeto, com alguns dos mais experientes e criativos músicos da cena lisboeta, um ensemble de geometria original graças à combinação de duplas de saxofones, guitarras e baixos, com o piano e a bateria a surgirem solitários, mas igualmente determinantes.
O facto de dois dos músicos (Lackner e Hasselberg), ainda adicionarem variáveis eletrónicas aos seus instrumentos principais, afirma este coletivo como fonte de um vasto leque tímbrico, característica que serve na perfeição as composições panorâmicas de Lencastre.


29 ABR. SÁB. 23.00H
Julien Desprez Abacaxi
18º Portalegre JazzFest
Jazz | CC | 3€ / Passe 20€ | M/6 anos


Julien Desprez: Guitarra
Jean Francois Riffaud: Baixo Elétrico
Francesco Pastacaldi: Bateria/Sintetizador

Algures entre o noise, o funk-rock (por vezes uma pitada de reggaeton) e a arte sonora, o grupo Abacaxi tem um coração cheio de doces e uma pele feita de pregos.
Formada por Julien Desprez, esta nova encarnação da formação clássica, em qualquer estilo, nomeadamente no rock, jazz ou blues, de guitarra/baixo/bateria apresenta uma intensa escultura de som elétrico, esculpida pelo idioma do rock.
O trio cria uma música altamente enérgica, cheia de brilho ruidoso e bordas afiadas - complementada por uma coreografia de luz.


28 ABR. SEX. 18.00H e 29 ABR. SÁB. 17.00H
JAM no espaço-Improvisos da aKadémia Jazz
18º Portalegre JazzFest
Jazz | entrada livre | M/6 anos



O espaço-Improvisos da aKadémia Jazz, localizado na Rua 1 de Maio, no edificio Business Center, visa promover a realização de eventos multiculturais, com especial incidência na música.
A realização de pequenos concertos intimistas mensais, assim como as "happy hour" quinzenais vão fazendo parte da rotina dos portalegrenses.
As Jams a realizar nos dias 28 e 29 de abril serão asseguradas harmónica e ritmicamente, com Piano e/ou guitarra Elétrica, Baixo e Bateria, sendo os temas disponibilizados antecipadamente, assim como as tonalidades, partituras e cifras.
Inserido no 18º JazzFest, queremos que estas tardes sejam de celebração do jazz e da música e, por isso, convidamos todos a vir fazer parte destas jam sessions, que serão abertas à população!

 


6 MAI. SÁB. 21.30H
Ciclo in-ti-mis-ta - Francisco Sales - Fogo na Água
Canta autor | PA | 5€ | M/6 anos


Com “Fogo na Água”, o músico e compositor Francisco Sales entra numa nova fase da sua carreira. Neste terceiro álbum, com que sucede ao muito aclamado “Miles Away”, de 2017, o guitarrista investiu quatro anos de trabalho e apresenta-se a explorar a sonoridade de diferentes instrumentos - não apenas as guitarras elétrica e acústica, mas também a de 12 cordas ou a icónica guitarra metálica conhecida por dobro - para erguer um muito emocional conjunto de peças que evocam ideias de força, luta e resiliência, navegando igualmente por algumas noções contrastantes já apontadas no título: o fogo e água, a terra e o ar, elementos primordiais que aqui se traduzem em música altamente evocativa e em que a identidade funda portuguesa é explorada.

Ao vivo, Francisco Sales vai pela primeira vez apresentar-se em trio, assumindo ele mesmo todas as guitarras, enquanto Sandra Martins assegura violoncelo e voz e Edu Mundo se ocupa da bateria, percussões e voz.

 


11 MAI. QUI. 21.30H
César Mourão Tour “Talvez não seja nada”
Música Ligeira | GA | Plateia 18€ / Balcão 15€ | M/6 anos


“Talvez não seja nada” mas pelo sim, pelo não, eu não perdia a oportunidade de assistir ao vivo ao concerto de estreia de César Mourão.
Um álbum de originais é a sua mais recente criação. César Mourão compôs letras e músicas, com a direção musical de Guilha Marinho, na guitarra e com Jaume Pradas, na bateria, Nuno Oliveira, no baixo, Diogo Duque, no trompete e João Rato no piano.
“Talvez não seja nada” ou talvez seja tudo, é ver para crer.

 


27 MAI. SÁB. 21.30H
“A hora em que não sabíamos nada uns dos outros” de Peter Handke
Companhia Olga Roriz
Dança Contemporânea | GA | 10€ | M/6 anos

A Hora em que Não Sabíamos Nada Uns dos Outros (1992) é uma peça originalmente composta por 450 personagens, caminhando numa praça representada como uma cidade. O seu objetivo seria criar um dia na vida de uma praça seguindo um conjunto de direções de palco. A dimensão desta produção obriga a um elenco alargado, formado por sete bailarinos e pessoas da comunidade, renovada em cada local de apresentação.
Nesta praça do Handke há a recorrência de uma norma de praça que parece já não existir. Assistimos a um rolar do tempo sem tempo, das histórias sem histórias, personagens sem discurso verbal, com passado e futuro indefinido.
É uma peça intemporal na sua tradução da humanidade para o palco porque está aberta ao aqui e agora de quem a leva cena. A escrita é em si coreográfica tanto na forma como no conteúdo. Composta por didascálias, indicações de perfil e ações de cada interveniente, não deixa de oferecer uma grande liberdade de criação.
Interessa-nos questionar, trinta e um anos passados da criação desta peça, o que mudou no mundo. Parece-nos que este título nos quer dizer agora muito mais. Que o que sabemos uns dos outros e de nós próprios é um poço cada vez mais escuro e que é urgente abrir canais à transformação, à criação da utopia.
Olga Roriz, abril 2022

Ficha Técnica e Artística
Direção: Olga Roriz;
Texto: Peter Handke;
Tradução: João Barrento;


Intérpretes: António Bollaño, Dinis Duarte, Gaya de Medeiros, Marta Jardim, Marta Lobato Faria, Roge Costa, Yonel Serrano

Participação de: Ana Delgado, Amélia Caldas, Beatriz Rodrigues, Catarina Branco, Estela Alvares, Giovana Sanchez, Francisco São Pedro, Luís Sabino, Marta Stachowiak, Mónica Coelho, Miguel Cardoso, Patrícia Rei, Paulo Gouveia, Sofia Barata, Sandra Raimundo, Uwe Godoy


Banda sonora: João Rapozo e Olga Roriz;
Cenografia e Adereços: Eric Costa;
Figurinos: Guarda-roupa Companhia Olga Roriz;
Desenho de Luz: Cristina Piedade;
Edição de Som: João Rapozo;
Assistência de direção: André de Campos;
Assistência de ensaios: Victória Bemfica;
Assistência de Adereços: Paula Hespanha;
Assistência de Figurinos: Ricardo Domingos;
Assistência de Cenografia: Pedro Sousa; João Salgado
Assistência de Direção de Cena: Ana P. Silva, Victória Bemfica;
Apoio ao Guarda-Roupa (Estágio): David Duarte;
Direção Técnica e Operação de Luz: João Chicó/ Pedro Guimarães;
Desenho, Montagem e Operação de Som: PontoZurca;

Companhia Olga Roriz
Direção: Olga Roriz;
Direção de Produção: António Quadros Ferro;
Gestão: Magda Bull;
For Dance Theatre e Residências: Lina Duarte;
Produção Executiva: João Pissara;
Coordenação Corpoemcadeia: Catarina Câmara

Coprodução: Companhia Olga Roriz, Município de Loulé, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Teatro Nacional São João e São Luiz Teatro Municipal

 


7 JUN. QUA. 21.30H
Apocalipse 2020
Junho em Cena – Mostra de Teatro
Teatro | GA | 5€ | M/16 anos


Esta peça começou quando João, O Evangelista, escreveu o Livro do Apocalipse, há dois mil anos atrás. Desde então, bispos e outros herdeiros dos apóstolos procuraram explicar as visões de João e logo se sucederam textos, imagens e mais visões. Após três meses de leitura de alguns desses textos, a recolher, ouvir, pensar e sentir, ganhámos imagens que se tornaram vozes e sequências inexplicáveis de palavras e massas em movimento. É daqui que surge ‘Apocalipse 2020’: uma peça que seduz e provoca, que desafia os nossos modos de fazer teatro e que, através da provocação, nos permite falar de futuro, criar e partilhar sonho.

Experimentámos ter visões, assim como se todos sonhássemos o mesmo sonho, ao mesmo tempo, numa mesma noite - e isso fosse uma visão, uma coisa desconhecida que existe do outro lado. Como se soubéssemos que isso é uma previsão. E perdemos o jogo. Perdemos o teatro. Perdemos as pedras do caminho e os olhos de dentro. Perdemos os sonhos e o outro lado.

Na verdade, os sonhos são o outro lado e servem para nos projetar para cima ou para baixo, para trás ou para os lados, para o abismo no qual caímos quando fechamos os olhos e adormecemos. É nesse lugar de abismos, de corpos que se movem entre vertigens abissais, que nos puxam, que procuramos o homem.

Procuramos, pois, um teatro de intervenção sobre nós mesmos e o chão que pisamos. O que queremos mais, hoje? E podemos não querer nada? Segundo nos apresentam as palavras de todas as propagandas, hoje temos tudo. Será que podemos ter apenas encanto?
Ser encantados por um cântico, por uma palavra, pela música dos corpos. Esta ideia de que a humanidade, cada um de nós na sua individualidade, tem um objetivo, um caminho para chegar onde tudo faz sentido, confundiu-se. E confundiu-nos. Perdemo-nos. Somos insolventes e o mundo está hoje em falência.

Resta-nos a prerrogativa de pensar. Pensar como quem sente. De pensar e de querer que sejamos nós os nossos próprios encantadores. Sonhamos com um teatro de encantar. De encantar os outros, a nós mesmos e ao mundo todo ao redor. É por isso um voltar ao lugar da flor, do poema, do encanto, poder nascer a cada instante. É um regresso a experiências que se
realizaram noutras épocas em que se sonhava com outro Homem, onde o masculino e o feminino, e a flor e a pedra, e todas as partes se encontrassem perante um altar. Poético. O Altíssimo poeta. O caminho para a unidade entre todas as coisas dispersas. A ideia, a vontade, o desejo de olhar para fora com os olhos de dentro. Equilibrar todos os recantos desavindos e
estrangeiros. Uma dança em círculo no topo da esfera, uma linha corrente que liga entre si as pequenas partes dando-lhe importância e atenção ao detalhe. Dividir as grandes partes, as conquistas todas por conquistar e as já c onquistadas, por aqueles que fazem parte da multidão.

‘Apocalipse 2020’ desafia-nos a olhar o nosso presente e o nosso futuro, a chorar e a rir c om o trágico das personagens que vemos em palco. Os coros, os cânticos. As vozes longínquas e próximas. Provocanos, para que nos sintamos vivos. Evoca um teatro de encantar e um mun do de encantar porque, afinal, nada disto tem pés nem cabeça. O que acabou e o que acaba de começar? Uma encenação contemporânea do capítulo bíblico do Apocalipse.
Esta peça nasce da parceria entre A Companhia João Garcia Miguel e a Baal17, companhia de teatro sediada em Serpa, e integra um projeto mais lato - ‘A Arte de ser Português’ - no qual se procura, através das artes, encontrar novas formas de diálogo com o passado.

Texto, Direção e Espaço Cénico - João Garcia Miguel
Intérpretes - Carlos Guedes (Estraca), Filipe Seixas, Gustavo Antunes, Miguel Moreira, Rafael Zink, Rolando Galhardas
Composição Musical - Vítor Rua
Cocriação de Cenografia - Fabrice Ziegler
Estagiário de Encenação - Rodrigo Gonçalves
Direção Técnica - Bruno Boaro
Figurinos - Rute Osório de Castro
Costureira - Teresa Matos
Produção - André Batista, Cássia Andrade
Apoio à Produção - Sandra Serra
Comunicação e Imprensa - Alexandre Pereira, André Batista, Rita Caetano
Design - UP - Unlock Produções
Fotografia - Fabrice Ziegler, Mário Rainha Campos
Registo Vídeo - Bruno Canas
Documentação e Arquivo - André Heitor
Coordenação de Formação - Isira Makuloluwe

 


17 JUN. SÁB. 21.30H
Diário de uma República II
Junho em Cena – Mostra de Teatro
Teatro | GA | 5€ | M/12 anos


"Diário de uma República II” é a segunda edição de um projeto de Teatro e Fotografia da Amarelo Silvestre, entre 2020 – 2030.  Um olhar-ver artístico sobre o que vão sendo as pessoas e as paisagens de Portugal ao longo de uma década.
Que Teatro se fará a partir do que se vê?
Depois da Justiça, relacionada com a I edição, a II edição de Diário de uma República terá como foco a questão do Trabalho, no seu sentido mais amplo: o trabalho das mãos, do corpo, da cabeça, o trabalho humano na paisagem, as questões de género e sociais do trabalho, a beleza e a feiura do trabalho.  Que Teatro resultará do acto de (nos) vermos realmente? Fotografar para prolongar o olhar. Fotografar o Real, já imaginando Teatro.

Direção Artística: Fernando Giestas
Produção: Susana Henriques
Cenografia e Coordenação Técnica: Carolina Reis
Técnica Vídeo: Ricardo Loio
Música: Zé Pedro Pinto
Interpretação: Daniel Teixeira

 


24 JUN. SÁB. 21.30H
Damas da Noite, Uma farsa de Elmano Sancho

Junho em Cena – Mostra de Teatro
Teatro | GA | 5€ | M/16 anos


Elmano Sancho evoca a conflituosa reviravolta de expectativas à volta do seu nascimento para levantar o véu de “Damas da Noite”: os pais esperavam uma menina, de nome já destinado, Cléopâtre, mas nasceu um menino. O encenador pretende assim dar vida a esse outro desejado de si mesmo, como se este fosse uma espécie de duplo e existisse numa realidade paralela que “Damas da Noite” encena. Para erguer essa figura ficcionada chamada Cléopâtre, Elmano Sancho imergiu no mundo fascinante e provocador do transformismo. Os artistas transformistas “vestem a pele de um outro, tentam ser um outro”. São “flores que abrem de noite”, intérpretes de uma transformação “pautada pela transgressão, o desconforto, a ambiguidade, a brutalidade dos corpos e a violência das emoções”. Através dessa interpretação paradoxal da diferença, “Damas da Noite” explora a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, ator e personagem, homem e mulher, teatro e performance, tragédia e comédia, original e cópia, interior e exterior, dia e noite. Nesse jogo de relações, aposta-se a identidade como matéria fluida, “rimbaudiana”, revelando o outro que somos, o estrangeiro que albergamos.

Espaço Cénico: Samantha Silva
Desenho de Luz: Alexandre Coelho
Assistência de Encenação: Paulo Lage
Produção Executiva: Nuno Pratas
Interpretação: Elmano Sancho, Dennis Correia aka Lexa Black, Pedro Simões aka Filha da Mãe
Co-produção: Casa das Artes de Famalicão, Culturproject, Loup Solitaire, Teatro Nacional D. Maria II, TNSJ
Apoio à Circulação: Direção-Geral Das Artes
Outros Apoios/Parceiro Institucional: República Portuguesa/Ministério da Cultura, Deixa o Amor Passar

 


14 e 15 JUL. SEX e SÁB. 21.30H e 18.30H
Festival Internacional de Cinema PERIFERIAS - 11º aniversário
Cinema | PA | 4€ | M/12 anos


No âmbito da colaboração estabelecida no ano de 2022, entre o Festival Periferias e o CAEP, propomos a apresentação de dois filmes de Sérgio Tréfaut, um realizador que tem sido presença regular ao longo do percurso do Festival, e uma obra premiada de um cineasta Cazaque ('Poeta', de Darezhan Omirbayev), que reflete aquela que tem sido outra das vertentes programáticas do Periferias, a atenção a filmografias menos conhecidas.
 
Dia 14 julho - 21.30h
O POETA, DE DAREZHAN OMIRBAYEV                 
2021 | CAZAQUISTÃO | M/12 | 1H 45MIN | LONGA-METRAGEM
Didar é um poeta absorvido pelo seu trabalho diário num jornal. Ao ler a história de um célebre poeta cazaque do século XIX, executado pelo poder, Didar fica profundamente abalado e reconhece a dureza e a exigência da sua vocação: debate-se entre a dor e a alegria, entre os êxitos e os fracassos.
 
Dia 15 julho - 16.30h
A CIDADE DOS MORTOS, DE SÉRGIO TRÉFAUT
2011 | 62 MIN | DOCUMENTÁRIO | M12
A Cidade dos Mortos mostra a vida quotidiana de El Arafa, no Cairo, a maior necrópole do mundo. Neste cemitério, semelhante a um bairro-de-lata, vivem cerca de um milhão de pessoas. Há funerais todos os dias, enquanto à sua volta a vida decorre normalmente nas padarias, cafés, mercados e escolas.
 
Dia 15 julho - 21.30h
A NOIVA, DE SÉRGIO TRÉFAUT
2022 | 81 MIN | LONGA-METRAGEM | M12
Uma adolescente europeia foge de casa para casar com um guerrilheiro do Daesh. Torna-se uma noiva da Jihad. Três anos mais tarde, a sua vida mudou dramaticamente. Vive num campo de prisioneiros no Iraque. Agora é mãe de dois filhos e está grávida outra vez. É uma viúva de 20 anos e será brevemente julgada pelos tribunais iraquianos. O que lhe fizeram a experiência da guerra e a lavagem cerebral?

 


22 JUL. SÁB. 21H
Festival de Marvão - Orquestra Gulbenkian
Música Clássica | GA | 25€ | M/6 anos


Ludwig van Beethoven
“Concerto para Piano nº 4 em Sol Maior, Op. 58”
“Sinfonia nº 7 em Lá Maior, Op. 92”

Matthias Kirschnereit: Piano
Orquestra Gulbenkian
Miguel Sepúlveda: Maestro

No âmbito da programação da 9ª edição do Festival Internacional de Música de Marvão (FIMM), a cidade de Portalegre acolhe um concerto com uma das mais antigas e prestigiadas orquestras nacionais, a Orquestra Gulbenkian.

Este concerto, programado pela direcção artística do FIMM, o Maestro Christoph Poppen e a soprano Juliane Banse, será dirigido pelo jovem maestro Miguel Sepúlveda, vencedor do Prémio Jovens Músicos 2022, iniciativa assinada anualmente pela Antena 2, que lhe atribuiu o prémio de Direção de Orquestra.

O pianista clássico Alemão Matthias Kirschnereit, com mais de 20 CDs gravados - incluindo a interpretação de todos os concertos para piano de Mozart – será o solista convidado, dando vida ao Concerto para Piano Nº 4 e à Sinfonia Nº7 de Ludwig van Beethoven, compositor recentemente celebrado por todo o mundo, por ocasião do 250º aniversário do seu nascimento (incluindo pelo Festival de Marvão, que em 2021 programou todos os Quartetos de Cordas deste compositor).