2 a 4 Mai :: 16º Portalegre JazzFest

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2 MAI. QUI. 21.30H
Marc Ribot Solo
16º Portalegre JazzFest
Jazz | GA | 10€, Passe festival 20€ | M/6 anos

Marc Ribot: Guitarra


O guitarrista Marc Ribot conta até à data com sete discos a solo, o que denota bem a importância que dá ao formato. Alguns deles tornaram-se em marcos fundamentais da exploração de novos vocabulários e técnicas para a guitarra, como são os casos de “Plays the Work of Frantz Casseus”, “Don’t Blame Me” e “Silent Movies”. O seu mais recente disco a solo é “Songs of Resistance: 1942–2018”, do ano passado, uma obra marcadamente política e que reflete os tempos conturbados em que vivemos.
O que este músico fez com Tom Waits e com os Lounge Lizards, de John Lurie, bastaria para ter um lugar na história, mas Ribot foi mais longe, atravessando os mais diversos géneros e estilos musicais – a sua presença fez-se (faz-se) sentir no jazz, no rock e na pop, ora colaborando com Robert Plant, Caetano Veloso e Laurie Anderson, ora trabalhando com figuras como John Zorn, McCoy Tyner, James Carter, Brother Jack McDuff, Wilson Pickett, Rufus Thomas e Chuck Berry.
A solo, Marc Ribot tem levado para os palcos as bandas-sonoras de sua autoria, para uma série de filmes mudos, uns vindos dos primórdios do cinema e outros de índole experimental, indo do bem conhecido “O Garoto de Charlot” às curtas-metragens com técnicas “direct-on-film”, de Jennifer Reeves. É o que vamos ter o privilégio de lhe ouvir…

3 MAI. SEX. 21.30H
Hedvig Mollestad Trio
16º Portalegre JazzFest
Jazz | GA | 10€, Passe festival 20€ | M/6 anos

Hedvig Mollestad: Guitarra
Trond Frønes: Baixo Elétrico
Ivar Loe Bjornstad: Bateria


O Hedvig Mollestad Trio apresenta-se a si mesmo como uma banda de rock progressivo instrumental “fora da caixa”, e se de facto encontramos na sua música aspetos que na década de 1970 eram partilhados por formações como Soft Machine e King Crimson, a sua caraterização anómala vem não tanto da importação de elementos do rock mais pesado (Black Sabbath, The Stooges), do free jazz (a guitarra de Sonny Sharrock), e do psicadelismo (Hawkwind), o que já então muitas vezes acontecia, mas do facto de aplicar no dito “prog” a mentalidade muito específica da new thing de John Coltrane, Albert Ayler e Ornette Coleman.
Um concerto deste trio é sempre uma longa improvisação, que nunca se esgota em argumentos, apenas norteada pelos constantes “riffs” do baixo de Trond Frønes e da bateria de Ivar Loe Bjornstad e por bem espalhados motivos temáticos. 

4 MAI. SÁB.
21.30H - Hearth
23.00H - Carlos Bica / Daniel Erdmann / DJ Illvibe
16º Portalegre JazzFest
Jazz | GA | 10€, Passe festival 20€ | M/6 anos

Hearth – 21.30H

Kaja Draksler: Piano
Ada Rave: Saxofone Tenor
Mette Rasmussen: Saxofone Alto
Susana Santos Silva: Trompete


Este quarteto, com dois saxofones, trompete e piano, é constituído por mulheres, o que tem um significado óbvio quando a normalidade do jazz e da música improvisada vai para a exclusividade ou para a predominância masculina das formações musicais.
Kaja Draksler (Eslovénia), estudou ao pormenor as estruturas improvisacionais de Cecil Taylor e teve como mestres nas suas passagens por Nova Iorque os pianistas Jason Moran e Vijay Iyer.
Ada Rave (Argentina), começou a sua atividade no circuito do jazz de Buenos Aires, enquanto estudava no Conservatório Manuel de Falla, mas optou pela Holanda para procurar melhores oportunidades de carreira.
Mette Rasmussen (Dinamarca), radicada em Trondheim, na Noruega, é o tipo de músico que dificilmente conseguimos categorizar, indo do jazz à experimentação sonora com passagens pelo rock.
Susana Santos Silva (Portugal), nascida no Porto, mas hoje a viver em Estocolmo, e com formação superior feita entre Portugal e a Holanda, é um caso à parte em termos de sucesso internacional de um músico português, surgindo em numerosos projetos ao lado de algumas das mais reputadas figuras do jazz e da música improvisada.

É, aliás, esta diversidade que explica as constantes mutações da música que as Hearth (neologismo proveniente da junção das palavras Earth – Terra – e Heart – Coração), nos propõem, indo das mais serenas e enevoadas paisagens evocativas a intempestivos mergulhos na lava de um vulcão, numa titilação do nosso sistema nervoso que não deixa também de nos convocar a mente.

Carlos Bica / Daniel Erdmann / DJ Illvibe – 23.00H

Carlos Bica: Contrabaixo
Daniel Erdmann: Saxofone
DJ Illvibe


Um contrabaixo, um saxofone (ou dois à vez, um tenor e um soprano), e um par de gira-discos: o formato instrumental deste trio é invulgar e a música que toca em tudo lhe condiz. Uma música que reflete e cruza, de qualquer modo, as particulares personalidades dos três intervenientes.
A abordagem lírica e especialmente melódica de Carlos Bica, que bebe em simultâneo ao jazz, à música erudita e à tradição popular de Portugal, conjuga-se com a discursividade elegante e muito livre, ainda que não pautada pelos cânones do chamado free jazz, de Daniel Erdmann e com as muitas cores convocadas por DJ Illvibe (Vincent von Schlippenbach), conhecido por levar o DJing das franjas mais exploratórias da “club music” até terrenos conotáveis com a música concreta.
Cada um destes músicos vive num mundo muito próprio e é outro, igualmente único, que nasce da intersecção das suas respetivas coordenadas. O resultado de tudo isto é muito mais do que a soma das suas partes.

2 e 3 MAI. QUI. e SEX. 23.00H
Caterina Palazzi "Sudoku Killer"
16º Portalegre JazzFest
Jazz | CC | 3€, Passe festival 20€ | M/6 anos


Caterina Palazzi: Contrabaixo, Composições
Sergio Pomante: Saxofone Tenor
Giacomo Ancillotto: Guitarra
Maurizio Chiavaro: Bateria

Sudoku Killer, a banda liderada pela contrabaixista Caterina Palazzi, nasceu em Roma em 2007. Todos os músicos deste ensemble musical vêm de experiências artistícas complementares, desde o jazz ao rock e à música experimental.
Depois do sucesso em 2010 do seu primeiro àlbum homónimo, o seu segundo trabalho, “Infanticide”, saiu em 2015 (apresentado no CAE em 2017), e é caraterizado por atmosferas negras, psicadélicas e post/rock,.
O seu terceiro àlbum, "Asperger", ainda mais negro e pesado que os anteriores, foi editado em 2018, sob a chancela da Clean Feed Records.

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